sábado, 20 de agosto de 2011

Problemas Ambientais


Os problemas ambientais na bacia tiveram início juntamente com a sua ocupação, sendo palco do ciclo do ouro, iniciam-se a formação dos primeiros arraiais e em conseqüência os primeiros problemas ambientais.
Os recursos hídricos sofreram os primeiros impactos ambientais com os garimpos, ainda no ciclo do ouro, onde metais pesados como mercúrio eram lançados nos cursos de água, desde então sofre com as descargas de efluentes líquidos das indústrias e mineradoras. O assoreamento pelas barragens de contenção de rejeito provindos da mineração, os agrotóxicos que acabam atingindo os cursos de água, os esgotos de várias localidades urbanas que são lançados nos afluentes, e no próprio Rio Piracicaba são exemplos de poluição hídrica na bacia. 
Os solos também sofreram grandes impactos. Existem várias formas de se provocar e acelerar a erosão dos solos: a queimada; agricultura intensiva; pisoteio do gado em determinada área contribuindo para uma compactação do solo e iniciação de focos de erosão; remoção de florestas em áreas declivosas deixando o solo exposto, entre outros. Na bacia do Rio Piracicaba estas e outras formas de uso inadequado do solo podem ser visualizadas com freqüência, levando a região a ter sérios problemas ambientais.
A silvicultura na região é praticada de forma intensa, onde as florestas nativas foram substituídas por eucaliptos, cuja capacidade de regeneração é mais rápida. A principal utilização do eucalipto na região é para alimentar os fornos das siderúrgicas e na fabricação de celulose.
A mineração, prática constante na bacia do Rio Piracicaba desde sua ocupação inicial, causa vários danos ambientais, além de afetar os solos, poluir e assorear cursos de água.
Destacam-se os impactos causados pela perfuração e desmonte, onde o impacto deixa a escala física para a escala social.
As minas de minério de ferro ocupam grandes extensões e são a céu aberto, onde causam contaminação do ar pelas partículas provenientes das minas pela ação dos ventos. As modificações na paisagem assumem um padrão considerável. Em algumas ocasiões já mudaram o perfil topográfico dos municípios. Como exemplo o caso da cidade de Itabira onde a elevação de maior altitude na região, o pico do Cauê, foi totalmente exaurido e que nos dias atuais está sendo usado como depósito de rejeito da Companhia Vale do Rio Doce.
A urbanização sem um planejamento adequado, também é responsável por sérios problemas ambientais e sociais. A bacia do Rio Piracicaba foi alvo de um intenso povoamento descontrolado na época do descobrimento das jazidas de ouro. Com a mineração provinda do minério de ferro um novo contingente populacional atinge o município de Itabira e pelo mesmo motivo na atualidade os municípios de Barão de Cocais e São Gonçalo do Rio Abaixo também estão recebendo trabalhadores de várias localidades. O Vale do Aço é outro exemplo de migração em busca de trabalho. Estas ocupações sem um correto planejamento causam graves problemas ambientais. Nas margens do Rio Piracicaba na região do Vale do Aço pode-se observar as conseqüências desta ocupação indevida, o rio com ausência de mata ciliar e várias construções aglomeradas em sua margens.
Os problemas apresentados são graves e de difícil solução em decorrência do poder econômico que as principais empresas exercem sobre a região, aja visto que estas são as principais causadoras dos impactos ambientais na bacia do Rio Piracicaba.
Devido aos grandes problemas ambientais que sofre a bacia e a outros fatores como o uso e gestão das águas, em 30 de novembro de 1999 foi feita a proposta de criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba.
Fonte: http://www.funcesi.br/Portals/1/monografia%20geografia.pdf




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